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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O novo segredo da obra mais famosa do mundo, a Mona Lisa


A obra ocupa um espaço exclusivo no Museu do Louvre, em Paris, na França, onde é visitada por mais de 8,5 milhões de pessoas por ano. É constantemente fotografada, escaneada e estudada por pesquisadores de todo o mundo.

No entanto, toda essa exposição não impede que a Mona Lisa, pintada no século 16 por Leonardo Da Vinci, mantenha seus segredos.

A forma física da modelo retratada e o nome original são dois dos mistérios que cercam o quadro renascentista. Recentemente, especialistas do Conselho Nacional de Valorização do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Itália anunciaram a descoberta de um novo detalhe na pintura: letras muito pequenas, imperceptíveis a olho nu, gravadas nas pálpebras de Mona Lisa. A novidade pode ajudar a resolver um dos maiores enigmas que cercam o quadro: a identidade da modelo que inspirou a obra-prima de Da Vinci.

Os estudiosos encontraram até agora cinco conjuntos de letras nos olhos de Mona Lisa – ou La Gioconda como preferem os italianos. As consoantes “S”, “B” e “D” e as iniciais “CE” estão gravadas na pálpebra direita de Mona Lisa. No olho esquerdo, foi encontrada a inscrição “LV”, que possivelmente se refere às iniciais do autor da obra. Para os especialistas, essa nova informação pode derrubar a tese atual que afirma que Mona Lisa seria Lisa Gherardini, mulher de Francesco del Giocondo, um comerciante italiano.

– A descoberta pode enriquecer o conjunto de informações objetivas sobre a inspiração da Mona Lisa. Agora, estamos fazendo uma investigação histórico-biográfica para poder formular hipóteses mais consistentes sobre a verdadeira identidade da moça – conta Silvano Vicenti, principal autor do estudo.

Por que esses detalhes nunca foram percebidos em uma das mais importantes obras de arte já criadas pelo homem? A resposta é simples:

– Nunca havíamos procurado antes. Neste tipo de pesquisa, primeiro se formula uma hipótese, depois o pesquisador vai atrás da confirmação se ela é verdadeira ou não. Simplesmente nunca ninguém tinha levantado essa questão.

Para conseguir notar esses pequenos detalhes, os pesquisadores contaram com uma boa pitada de sorte. Em uma análise minuciosa do quadro, em que buscava compreender as cores e as pinceladas do gênio renascentista, um dos estudiosos verificou a existência das primeiras letras. Após análises mais aprofundadas, os italianos encontraram as demais.

O envelhecimento do quadro foi um fator que dificultou a descoberta. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Mona Lisa não foi pintada sobre uma tela. Para produzi-la, Da Vinci usou suas tintas sobre um quadro de madeira, que se deteriora com mais facilidade com o tempo. Com isso, as minúsculas letras, gravadas com tinta preta em uma superfície marrom e verde, ficaram ainda mais ocultas.

Fonte: Correio Braziliense

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