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terça-feira, 15 de março de 2011

Jovem britânica pesa mais de 250 quilos aos 17 anos

Foto: BBC

Aos 17 anos de idade, Georgia Davis é conhecida como a adolescente mais gorda da Grã-Bretanha, ultrapassando a marca dos 250 quilos.

Cerca de dois anos atrás, ela foi notícia porque conseguiu perder quase metade de seu peso em um programa de emagrecimento nos Estados Unidos.

Quando chegou à Wellspring Academies, na Carolina do Norte, em 2008, ela tinha 15 anos e pesava 210 quilos. Quando saiu de lá, nove meses depois, ela havia perdido 89 quilos.

Mas de volta à sua cidade natal, Aberdare, no País de Gales, ela recuperou todo o peso e ganhou ainda mais, voltando a aparecer nos jornais, desta vez por bater recordes de obesidade.

'Vício'
Em entrevista à BBC, Davis disse ser 'viciada em comida' e atribuiu o fracasso em continuar emagrecendo ao fato de que ela foi colocada de volta no 'ambiente negativo' de sua casa, onde ela tem que enfrentar vários problemas e lembranças difíceis.

Muitos culparam sua mãe pelo deslize, já que a adolescente foi recebida com um prato de peixe empanado com batatas fritas quando voltou dos Estados Unidos.

Mas o porta-voz da ONG britânica National Obesity Forum, Tam Fry, acha que a própria Georgia deveria se preocupar com seu futuro.

'Ela foi um pouco negligente, porque aos 16 ou 17 anos já deveria ser capaz de preparar sua comida e de se esforçar para se exercitar. Em vez disso, ela se desconcentrou e voltou para seus velhos hábitos. É uma pena', afirma ele.

Especialistas dizem que se continuar nesse ritmo Georgia não vai chegar aos 21 anos de idade, já que seu coração, suas articulações e seu sistema circulatório estão sob enorme pressão.

Dificuldades em casa
Davis diz que seu problema com o peso começou depois que seu pai morreu, quando ela tinha cinco anos de idade. A partir daí, a comida passou a ser sua fonte de conforto.

'Eu comia de tudo, qualquer tipo de comida', disse ela em entrevista à BBC.

Pão, leite, coca-cola, batatas fritas, biscoitos de chocolate e bolos eram seus favoritos.

'A comida fazia eu me sentir melhor por um minuto ou dois, mas aí me sentia mal novamente e comia novamente e assim por diante', disse Davis.

'Eu comia praticamente o dia todo.'

A adolescente, com a mãe na foto, após perder peso em 2009

Durante o período que passou na Wellspring Academies com uma bolsa oferecida pela instituição - um internato que oferece educação escolar, além de um programa de dieta e exercícios complementado com sessões de terapia cognitiva comportamental - seu consumo de calorias teria caído de 13 mil por dia para cerca 1,2 mil.

'Eu fui tirada do ambiente em que eu vivia, onde tinha todos esses problemas, e fui colocada em um lugar novo (a Wellspring Academies), onde não tinha que lidar com nada daquilo. Tudo era feito para mim, eu só precisava pegar aquilo e usar para meu benefício', disse Davis à BBC.

'Mas aí fui tirada dos Estados Unidos e colocada de volta naquele ambiente onde tinha todos aqueles problemas e aquelas lembranças. Isso sem nenhum treinamento sobre como lidar com isso em casa. Acho que essa foi a principal razão de eu ter voltado para o jeito que eu era antes.'

Quando começou a engordar de novo, Davis ficou deprimida, o que segundo ela a fazia comer ainda mais.

Agora, pesando 254 quilos, Davis conseguiu o apoio de uma equipe de nutricionistas e especialistas em exercício no País de Gales, além de estar usando técnicas de hipnoterapia e relaxamento para tentar voltar a emagrecer.

Fonte: BBC Brasil

5 comentários:

Unknown disse...

Tam Fry, mesmo sendo o porta-voz da ONG britânica "National Obesity Forum", parece que não aprendeu nada sobre a obesidade.
Esperava bem mais de uma pessoa com essa titulação. Tenho absoluta convicção de que o senhor Fry, nunca procurou realizar algum acompanhamento psicológico da jovem.
- "'Ela foi um pouco negligente, porque aos 16 ou 17 anos já deveria ser capaz de preparar sua comida e de se esforçar para se exercitar. Em vez disso, ela se desconcentrou e voltou para seus velhos hábitos".

É extremamente fácil, apenas, esperar resultados positivos de uma situação quando não é diretamente nós quem está envolvido. Se essa menina chegou ao estágio grave dessa doença - cabe ao "excelentíssimo" porta-voz da ONG referida, prestar auxílios em tratamentos e em esportes para a garota. E tendo a certeza, de se tratar de um país desenvolvido, a viabilização de uma cirurgia bariátrica.
Agora, somente levantar o dedo e julgar a "negligência" de alguém, não torna qualquer um apto a receber honrarias. Em meu ver, foram péssimas as palavras escolhidas por T.Fry; gostaria que ele - e qualquer pessoa que pense dessa forma - por apenas um dia, estar na situação de Georgia... Com certeza, a história seria redigida com palavras mais reconfortantes à garota, e com auxílios mais tangíveis e corretos: como acompanhamento com uma junta médica eficaz.
Não é um programa televisivo que "cura" o psicológico. É o tratamento.

Takeshi disse...

Teeenso, mas se ela não faz questão... fazer o que...




http://geladaaa.blogspot.com

Paola disse...

adorei o que a Rhaissa escreveu *-*

Karen Fidelis (Kueia) disse...

Verdade o que a Rhaissa escreveu.
Essa jovem tem que ter tratamento pisicológico e espiritual, principalmente. Pois o equilíbrio espiritual dura para sempre, ou seja, os benefícios que JESUS gera em sua vida não tem fim.
Eu já tive transtornos alimentares e como ela, tbm tive ambiente hostil em casa e vício em comida. Fiz diversos tratamentos pisicológicos que me ajudavam durante um tempo, mas minha cura completa foi quando me entreguei a Jesus e com ele sigo fielmente.
Não só eu, mas todas pessoas q conheço que tbm seguem DE VERDADE a Jesus são assim: podem cair a casa, acabar tudo na vida que "nós" não desanimamos e não entramos em depressão.

Ela deve procurar esse equilíbrio espiritual e pisicológico para que aprenda a enfrentar seus problemas!!

Deise disse...

Eu já emagreci 30 kg e recuperei tudo, e mais um pouco. Entendo o que a garota está passando, porque quando parei a dieta, muitas coisas me "levaram" a buscar o prazer na comida novamente. E os médicos ainda são arrogantes, e preferem ver a compulsão alimentar como "falta de vergonha". Juro que vergonha não me falta! Agora comecei um tratamento ortomolecular, e tenho conseguido emagrecer. Mas a compulsão não será curada, e me acompanhará por toda vida.

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