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sábado, 20 de abril de 2013

Mito ou realidade: é possível “escolher” o sexo do bebê na gravidez?


Menino, menina… para muitos casais, tanto faz. Para outros, porém, há uma preferência pelo sexo do bebê e, seja qual for o motivo por trás disso, inicia-se uma busca por maneiras de influenciar, ainda na gravidez, o sexo do bebê.

Não faltam estratégias de sabedoria popular (como ter relações em determinadas épocas do ano ou seguir determinadas dietas), mas o que a ciência tem a dizer sobre isso?

Na década de 1960, o livro How to Choose the Sex of Your Baby (lançado no Brasil com o título “Escolha o Sexo do Seu Filho”) foi sucesso de vendas nos Estados Unidos. Os autores, Landrum B. Shettles e David M. Rorvik, defendiam que o espermatozoide que carrega o cromossomo Y (que dá origem a um menino) se desloca mais rapidamente do que o que carrega o cromossomo X (que dá origem a uma menina) e, por isso, se o casal tiver relações em um período próximo ao da ovulação, as chances de nascer um menino seriam maiores.

Ainda de acordo com os autores, o “espermatozoide Y” pode ser rápido, mas morre antes. Ou seja: se o casal tiver relações alguns dias antes da ovulação, é provável que os “espermatozoides Y” morram antes de chegar ao óvulo, aumentando as chances de ele ser fertilizado por um “espermatozoide X”.
Timing é tudo?

Na década seguinte, um estudo publicado no The New England Journal of Medicine encontrou poucas evidências de que o intervalo entre a ovulação e a última relação sexual antes dela influenciaria o gênero da criança.

Além disso, enquanto algumas pesquisas sugeriram que em períodos de guerras e outros conflitos é mais comum o nascimento de meninos, outros mostraram que o estresse aumentaria a chance de nascerem meninas.

Pesquisas focadas na dieta da mulher antes da gravidez também trouxeram resultados curiosos: em um, cereal no café-da-manhã favorecia meninos; em outro, dietas com pouco sal e muito cálcio favoreciam meninas.

Em 2009, uma análise dos 400 estadunidenses mais ricos (segundo a revista Forbes) mostrou que homens que haviam herdado suas fortunas tinham mais chances de ter filhos do que filhas, quando comparados com aqueles que tinham enriquecido por conta própria. O autor sugeriu que aqueles que fizeram fortuna ao invés de ganhá-la passavam por mais estresse do que os herdeiros, o que talvez afetasse as propriedades do esperma.

Em suma: há tantos fatores envolvidos na gravidez que, ao menos de acordo com a ciência, “planejar” o gênero do filho não é algo simples.

Fonte: Medical Xpress

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