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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Golfinhos e humanos conversarão algum dia?


Se existe alguma espécie que algum dia irá conversar conosco, provavelmente serão os golfinhos – eles são inteligentes, e têm uma forma de comunicação bastante sofisticada entre eles. Mas, apesar de décadas de pesquisa, ainda não encontramos uma chave de tradução entre as linguagens humanas e a dos golfinhos.

Mas este quadro de incompreensão mútua está mudando aos poucos. A pesquisadora Denize Herzing, da Universidade Atlântica da Flórida (EUA), passou os últimos 28 anos em companhia de golfinhos selvagens, em seu habitat natural. Com sua equipe do Wild Dolphin Project (“Projeto Golfinho Selvagem”), eles passaram longos verões estudando um bando de golfinhos nas Bahamas, gravando seus assobios e assinaturas que usam para chamar uns aos outros, seus guinchos feitos durante agressões e outras formas de comunicação.

Com o tempo, os golfinhos começaram a mostrar uma curiosidade mútua. “Eles estavam imitando espontaneamente nossas vocalizações e posturas, e também estavam nos convidando para suas brincadeiras de golfinho”, conta Herzing, em uma palestra feita no TED Talk (a palestra pode ser conferida no fim deste artigo – não há, ainda, legendas em português). “Pensamos então, ‘não seria legal construir uma tecnologia que permitisse aos golfinhos pedir seus brinquedos favoritos em tempo real?’”.

Daí nasceu o CHAT – Cetacean Hearing And Telemetry (“Audição e Telemetria Cetácea”, em tradução livre), uma espécie de teclado submergível com quatro símbolos, cada um correspondendo a um som e um brinquedo. Na apresentação, ela mostrou vídeos de como eles ensinaram os golfinhos a usar o teclado, que também é um dispositivo interativo de duas vias, para comunicação entre golfinhos e humanos.

O CHAT pode detectar os sons naturais dos golfinhos, permitindo aos mergulhadores que estão usando o dispositivo saber qual chamado está sendo feito, mesmo que sejam vocalizações inaudíveis, em ultrassom.

Herzing também acredita que, nu futuro, eles podem criar seus próprios chamados artificiais em “golfinês”, como por exemplo assobios que signifiquem nomes para eles, de forma que os golfinhos podem pedir por algum mergulhador específico para brincar.

Como esses animais são excelentes imitadores vocais, Herzing acredita que eles poderão aprender os chamados artificiais em breve.



Fonte: LiveScience

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