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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Cientistas conseguiram restaurar visão em ratos cegos


Cientistas da Universidade de Berna conseguiram restabelecer a visão em ratos cegos através da introdução de uma proteína sensível à luz em seus olhos.

O processo, conhecido como “optogenética”, usa um vírus modificado para introduzir as proteínas diretamente em células de visão de profundidade sobreviventes dentro do olho. Eles esperam que a pesquisa possa dar origem a novas terapias que revertam cegueira em pessoas.

Seria o fim da cegueira?

A nova terapia pode potencialmente restaurar a visão em pacientes que sofrem de qualquer tipo de degeneração de fotorreceptora, segundo o Dr. Sonja Kleinlogel, um dos autores dessa pesquisa. Aqueles que também sofrem de formas graves de degeneração macular relacionada com a idade, uma doença muito comum que afeta em certo grau cerca de um em cada 10 pessoas com idade superior a 65, também podem ser curados, de acordo com a expectativa dos pesquisadores.

O estudo

O estudo se baseia no fato de que quando as pessoas sofrem perda de células de detecção de luz ao longo de um período de tempo, conhecido como “cegueira degenerativa progressiva”, as células em camadas mais profundas da visão do olho permanecem intactas. Embora estas células não possam sentir a luz, muitas das vias de sinalização são as mesmas.

Então, é nestas células mais profundas da retina que os pesquisadores foram capazes de inserir as novas proteínas sensíveis à luz, que podem usar as vias já existentes para permitir que elas sintam a presença da luz.

Este novo estudo é baseado em uma pesquisa optogenética anterior nesta área.

O que deu errado antes?

O problema com os estudos mais antigos, de acordo com os pesquisadores da Universidade de Berna, foi que as proteínas sensíveis à luz que eram tradicionalmente usadas para restaurar a visão precisavam de uma “intensidades de luz anormalmente elevadas”, o que é potencialmente mais prejudicial à visão.

De acordo com o Dr. Kleinlogel, a grande melhoria da nova abordagem é que os pacientes serão capazes de ver em condições normais de luz do dia, sem a necessidade do uso de um intensificador de luz ou óculos de conversão de imagem.

A nova proteína sensível à luz que os pesquisadores descobriram é chamada de Opto-mGluR6 e é composta de duas partes diferentes. A primeira metade é retirada de pigmentos sensíveis à luz. A segunda parte é um pouco mais complicada, e vem de uma proteína que já está envolvida com o envio de sinais de luz para o cérebro. Isto significa que a nova proteína criada pelos pesquisadores é “invisível” ao sistema imune.

Uma em cada 300 pessoas sofre de cegueira total ou parcial em algum momento de sua vida, por conta da degeneração das células sensíveis à luz em seus olhos.

Os pesquisadores esperam que este estudo descubra ainda mais possibilidades para reverter essa situação e devolver a visão para seres humanos.

Fonte: iflscience


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