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domingo, 14 de novembro de 2010

Lupa eletrônica facilita leitura para pessoas com pouca visão


O projeto lupa eletrônica, desenvolvido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo), tem como principal objetivo facilitar a vida de pessoas com baixa visão, aliando conforto, praticidade e baixo custo. O equipamento, que possui, além da lupa, uma câmera de vídeo e uma prancha de leitura, está com o pedido de patente em andamento, mas já está sendo comercializado. As informações são da Agência USP.

A lupa eletrônica funciona da seguinte maneira: uma câmera de vídeo filma palavras, frases e imagens e as exibe em um monitor (pode ser uma televisão ou um computador) num tamanho 80 vezes maior que o original.

De acordo com a médica e arquiteta Fernanda Bonatti, autora do projeto, a câmera percorre um trilho sob o qual há um livro apoiado numa prancha de leitura.

A lupa eletrônica, segundo a pesquisadora, pode ser utilizada por um grande número de pessoas, não apenas pelo nível de aumento que proporciona, mas, também, pelo conforto e praticidade que possibilita: a pessoa pode ficar sentada em um sofá, ou mesmo em uma cama, enquanto lê um livro ou revista. Os aparelhos podem ser levados para qualquer lugar e conectados a um computador ou televisão.

Fernanda lembra que, para cada pessoa cega, existem três pessoas com baixa visão.

- É uma condição em que a pessoa não é beneficiada pelo uso de óculos, cirurgias ou medicações. São problemas causados pelo envelhecimento, em decorrência de doenças como glaucoma, diabetes, mas também é encontrada em crianças, em virtude de problemas congênitos.

O projeto acabou saindo do papel graças ao Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), local onde a empresa incubada Bonavision Auxílios Ópticos pôde aprimorar a ideia. A iniciativa também contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Além da lupa eletrônica, a empresa também comercializa a prancha de leitura e a câmera, todas com pedido de patente em andamento.

- A lupa eletrônica fica fixada no trilho e pode percorrer toda a largura da página. Para mudar de linha, basta apenas mover o trilho para cima ou para baixo. É a própria pessoa quem comanda os movimentos. Essas características possibilitam que mesmo os portadores de mal de Parkinson, por exemplo, sejam beneficiados.

Outra vantagem, segundo Fernanda, é o preço do equipamento: cerca de R$1.800, valor que inclui a prancha para leitura, o trilho, a câmera e os cabos para conexão.

- Este preço é inferior a produtos similares, que chegam a custar até R$ 5 mil. Alguns aparelhos importados que também incorporam o monitor custam entre R$ 14 e 17 mil.

Fernanda relata que outro problema dos aparelhos importados é que, diante de quebras, o conserto demora muito tempo.

Fonte: R7

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