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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tatuagens viram febre na estação do calor: veja quais são as mais comuns


Shalana Medeiros, 18 anos, aguentou a dor, que classificou como uma ferroada de abelha, para tatuar o nome do namorado Leandro na nuca. Mais do que uma prova de amor, ela aderiu à moda. Gravar o nome de pessoas queridas é uma das tendências para a temporada afirma a tatuadora Mageli Martins, 30 anos.

Ela diz que no verão, período em que as pessoas exibem o corpo, a quantidade de trabalho aumenta em três vezes. A profissional conta que as pessoas chegam com modelos inspirados em imagens que viram em artistas, atletas e amigos. Os clientes apresentam as ideias e os tatuadores fazem sugestões até encontrar uma forma de personalizar a tatuagem. E não existe cor predominante.

Na hora de transformar a vontade em realidade, homens e mulheres ficam nervosos, mas as semelhanças param por aí. Elas são mais indecisas. Fazem perguntas, discutem, querem mais explicações. A partir da hora que tomam a decisão, vão em frente sem reclamar. Eles são o oposto. Chegam decididos, sabem a imagem que será gravada. Mas é começar o serviço para apareceram as queixas. O tatuador Leco revela que já viu homens berrando.

Ele explica que quando começou na profissão, tatuagem era muito malvista. Com o passar dos anos, o cenário mudou. O principal impulso ocorreu quando cantores e atores começaram a fazer. Em seguida, jogadores de futebol passaram a ser vistos com imagens espelhadas pelo corpo. Leco brinca que, de estigma marginal, hoje tatuar a pele é coisa de atleta.

A vice-presidente da Regional de Santa Catarina da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Silvia Maria Schmidt, afirma que a pessoa precisa amadurecer bem a ideia antes de optar por uma tatuagem. Explica que, apesar do laser, nem todas as imagens podem ser retiradas. As coloridas não respondem às aplicações, principalmente o azul, amarelo e vermelho. Ela sugere tomar muito cuidado com o local do corpo escolhido, para não comprometer uma oportunidade de emprego futuro. Declara que é comum receber jovens que se arrependem ao chegar ao mercado de trabalho.

Silvia alerta que é preciso observar se o estabelecimento possui placa da vigilância sanitária, buscar referências do tatuador e garantir que são usados materiais esterilizados, porque o procedimentos podem transmitir hepatite e Aids. Após fazer a tatuagem, é preciso lavar o local com sabonete antisséptico, fazer curativo e usar pomada antibactericida. É proibido pegar sol enquanto houver sinas de inflamação, ou seja, se o local estiver vermelho ou inchado. Outra dica é só exibir a tatuagem depois que ela estiver totalmente cicatrizada.

Fonte: Diário Catarinense

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